Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

31 dezembro 2008

[742] Feliz Ano Novo!


Felix sit annus novus! Feliz año nuevo! Feliz aninovo! Urte berri on! Bon any nou! Bonne année! Buon anno! Happy New Year! Frohes neues Jahr! Gelukkige nuwejaar! Asgwas amegas! عام سعيد (aam saiid)! שנה טובה (shana tova)! A gut yohr! Yeni yiliniz kutlu olsun! Sala we ya nû pîroz be! Nav varsh ki subhkamna! Kia hari te tau hou! Xin nian kuai le! Akemashite omedetô! С Новым Годом (S novim godom)! Shnorhavor nor tari! Tashi delek! Tinan foon di’ak! Felicxan novan jaron!

(créditos da imagem: Jorge Teixeira, designer e fotógrafo)

30 dezembro 2008

[741] E o melhor gestor de futebol é...

- só jogadores dos "três grandes" clubes fazem parte da lista;
- metade é portista;
- a inclusão de Quaresma, Lucho e Lisandro não surpreende;
- Postiga (suplente) e Hélton (guarda-redes) surpreendem, sobretudo o primeiro;
- a lista contém três jogadores do Sporting (Liedson, Polga e Moutinho) e apenas dois do SLB (Nuno Gomes e Katsouranis);
- Lisandro, o melhor marcador da Liga (24 golos), ganhou menos 754.735,88 euros do que Quaresma e menos 660.227,75 euros do que Nuno Gomes (13.º melhor marcador, com 7 golos);
- o SLB gastou mais 427.159,28 euros pela média dos dois mais bem pagos (1.683.951,73 euros, metade dos 3.367.903,46 auferidos pelos dois) do que o Sporting pela média dos seu três mais bem pagos (1.256.791,75, um terço dos 3.77o.375,24 auferidos pelos três), sendo que Liedson foi o 4.º melhor marcador (11 golos);
- o FCP foi campeão, o SCP foi vice-campeão, vencedor da Taça de Portugal e finalista vencido da Taça da Liga e o SLB ficou em 4.º lugar, não se classificando para a Liga dos Campeões.

[740] Não quero saber, resolva!

Um homem que se deslocava num balão de ar quente, a dada altura, compreendeu que se encontrava perdido. Decidiu então reduzir a altitude. Já próximo do solo avistou uma mulher e interpelou-a nestes termos:
- Peço desculpa de a importunar, mas será que a senhora poderia ajudar-me? Estou perdido. Prometi a um amigo que me encontraria com ele há uma hora atrás, mas a verdade é que não sei onde estou.
A mulher em baixo respondeu-lhe:
- O senhor encontra-se num balão de ar quente que paira no ar a cerca de 8 metros acima do solo. A sua posição situa-se entre os 40 e 41 graus de latitude Norte e entre os 59 e 60 graus de longitude Oeste.
- A senhora é, de certeza, funcionária pública - disse o balonista.
- De facto, sou! Como é que adivinhou? - perguntou a mulher, atónita.
- Bom - disse o balonista - tudo o que me disse é muito formal, burocrático e com pouco sentido prático. Até pode ser tecnicamente correcto, mas não resolve o meu problema. A verdade é que não sei o que fazer com a informação que me deu e continuo a não ter mínima ideia onde me encontro. Continuo perdido. Para ser franco, não me ajudou em nada. Só contribuiu para atrasar mais a minha viagem.
A mulher, irritada, respondeu:
- O senhor deve ser ministro.
- Na verdade, sou - disse o balonista, incomodado - mas como é que descobriu?
- Muito fácil - disse a mulher - o senhor não sabe onde está nem para onde vai. Atingiu a posição onde se encontra com uma grande dose de ar quente. Fez uma promessa e não tem a mínima ideia de como a vai cumprir. Espera e pretende que pessoas que estão abaixo de si resolvam o seu problema. A realidade é que está exactamente na mesma posição em que se achava antes de me encontrar, mas agora, vá-se lá saber porquê, isso é culpa minha!
(adaptado de uma anedota que corre na internet)

[739] Nótulas sobre uma crise constitucional

Tendo o PR a razão jurídica e constitucional do seu lado desde o início, surpreende que um homem experiente e prudente como Cavaco Silva seja tão ingénuo e quase amador na abordagem a esta questão. Em política não há amigos. Há órgãos, legitimidades, poderes, competências que se exercem no tempo e pela forma adequados.
Nunca seria o PR o derrotado. Como ele referiu, e bem, a questão não afecta o actual Presidente, mas os que se lhe seguirão. E mais do que pôr em causa o PR, ficam prejudicados os equilíbrios constitucionais. Não é por acaso que o sistema político não é o parlmentar...
Veremos nos próximos dias e meses a quem interessou esticar a corda!
(Núncio/Portugal Real, comentários a «Ricardo Costa: "Foi a mensagem mais violenta que um Presidente fez nos últimos anos"», Expresso online, 29-12-2008)
*
Post scriptum: mais uma vez Ramalho Eanes a mostrar de que é feito. Nem uma palavra se ouviu dos dois Presidentes que lhe sucederam. Numa questão desta natureza, não só era legítimo como da mais elementar solidariedade que todos os ex-PR se pronunciassem em favor da posição de Cavaco Silva, que é a da defesa do órgão.

29 dezembro 2008

[738] Na quadra natalícia, a Bíblia revisitada

Por três vezes o Parlamento (e o partido maioritário) negou a evidência. Não cantou o galo, mas falou o Presidente da República. Tal como na cena bíblica (Mateus, 26:69-74), alguém traíu porque está com medo de ser (politicamente) morto.
*
E.T. (...) havia um tempo em que a palavra era a moeda de homens bons. E os homens bons de hoje (sim, ainda existem alguns...) não deixaram de acreditar, ingenuamente, na honestidade intelectual dos seus interlocutores, sobretudo se forem titulares de órgãos do Estado.
Mas como acreditar na palavra de gente que se forma em universidades de duvidosa reputação, titulares de diplomas emitidos ao domingo?
(Núncio, comentário a "Estatuto dos Açores", Homem ao Mar, 30-12-2008)

[737] Frente fria com trovoada

O novo Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, ao contrário do que António José Teixeira acaba de insinuar, na SIC Notícias, com aquele jeito singelo e (só aparentemente) equidistante, é matéria da maior importância que justifica duas (ou mais) comunicações ao país. Mal estaríamos se o Presidente da República deixasse as questões complexas, políticas e constitucionais, para a opacidade dos gabinetes e só trouxesse simplicidades e amenidades para as mensagens públicas.
Ricardo Costa, ao contrário, foi mais clarividente e imparcial na SIC. Curiosamente, a mesma estação; dois comentários concorrenciais e quase antagónicos.
Trovoada no continente provocada pelos ventos dos Açores. Haverá sismo político? E qual o epicentro?
*
Post scriptum:
Não se trata de matéria opinativa. A Assembleia da República não é um órgão consultivo, que dá opiniões ou pareceres. Ali se elaboram, ou deveriam elaborar, leis boas e justas. Conhece algum constitucionalista reputado que defenda que as duas normas em causa não ferem a CRP? Até Vital Moreira, do PS, já disse tudo sobre o assunto!
(Núncio, comentário a "A opinião dos outros", Homem ao Mar, 30-12-2008)

[736] Charada de final de ano

P: Estás a participar numa corrida. Consegues ultrapassar o segundo concorrente. Em que lugar ficas?
P: E se ultrapassares o último, em que lugar estás ?
*
P: O pai da Maria tem cinco filhas:
a Naná, a Nené, a Nini, a Nonó. Qual é o nome da quinta filha?
*
Podem deixar os palpites na caixa dos comentários.

25 dezembro 2008

[735] A crise revisitada

«Afinal o mundo nada aprendeu com a crise de 1929, apenas vista hoje como mera curiosidade do passado.»
*
Concordo com o leitor. Não se aprendeu nada nem se aprende. Se repararmos, a segunda metade do séc. XX é uma época revivalista, com todas as teorias e doutrinadores "neo". Os neoliberais, os neocon, os pós-modernistas, o Bush Jr, o novos populistas, os renovadores comunistas... E sempre que se recauchuta uma tese ou um movimento, ele surge mais assanhado, mais violento!
O homem não é um ser racional, é um ser de hábitos.
(Núncio/Portugal Real, idem)

22 dezembro 2008

[734] Força, PM! Estamos consigo! Vá em frente!

Devemos ter (e é, muitas vezes, um acto cívico) convicções políticas. Podemos até ter (e a democracia vive disso) militância partidária ou participação associativa. Mas não podemos, de todo, ser intelectualmente desonestos. Muito menos um jornal chamado de referência!
MFL não será a líder mais entusiasmante do espectro partidário. Nem será sequer o candidato mais evidente a primeiro-ministro. Mas nada justifica a campanha destrutiva, de que esta secção é exemplo reiterado, que está em curso. Curiosamente alimentada, em parte, por muitos dos que defendiam que só a credibilidade e honestidade de MFL poderiam impedir a falência do PSD. Lembram-se?
Se repararem, MFL - que não governa - está sistematicamente em "baixa". Ora porque calou, ora porque falou. Para uma certa imprensa, nada do que diz ou faz é acertado. Nada! Como se de quem governa se pudesse dizer coisa muito diferente...
A ironia (pelos vistos, a imprensa nem sequer distingue uma figura de estilo) é que nenhum outro líder teria apreciação positiva, por isso nem vale a pena o PSD (ou outro partido da oposição) mudar. Para a imprensa, está tudo bem como está.
(Núncio/Portugal Real, "Basta": comentário a «Altos e baixos - de Mário Soares a Manuela Ferreira Leite», de João Garcia, Expresso online, 22-12-2008)
*
Adenda:
Não posso acreditar que o eleitorado, pelo menos o atento e esclarecido, se convença que alguém que foi consultora do Banco de Portugal, líder da bancada parlamentar, secretária de Estado do Tesouro, ministra da Educação, ministra das Finanças, deputada, conselheira de Estado e sei lá mais o quê só diga disparates e tonterias!
Note-se que diria o mesmo de figuras de outros partidos e movimentos e que, estranhamente ou não, também têm "baixa cotação" na imprensa. Por exemplo, não admiro particularmente Paulo Portas (CDS/PP), Manuel Maria Carrilho (PS), Boaventura Sousa Santos (BE) ou Vital Moreira (PS). Mas não cometo a injustiça de achar que são uns tontos ou que só dizem disparates. Pelo contrário, acho, sobretudo nos 2.º e 4.º exemplos, que são estudiosos e dedicados. Apenas não me convencem, nada mais...
(Núncio/Portugal Real, "Basta": resposta a comentário de leitor)

21 dezembro 2008

[733] Muito obrigado pela sua atenção

A contemporaneidade é marcada pela globalização e pela virtualidade. Uma e outra estão a reduzir o indivíduo a um número e a um "nickname".
Nas relações pessoais, as comunicações electrónicas tendem a substituir o telefone, que já havia substituído a carta.
Nas relações profissionais, o telex e o fax já eram. Com a possibilidade de digitalizar documentos e autenticar as assinaturas, quase tudo pode ser transmitido electronicamente. Quase tudo... menos os afectos e a simpatia.
Não responder a uma mensagem electrónica é como desligar o telefone a uma pessoa ou não retribuir o cumprimento de alguém na rua... O mundo virtual também é feito de pessoas, do outro lado está alguém de carne e osso que nos procurou, que veio conversar connosco, que precisa de nós.
Por isso, as regras de cortesia e boa educação são tão válidas na internet como lá fora.
(comentário do blogger inspirado em caso real: adaptado da resposta dada a um "silêncio")

20 dezembro 2008

[732] Eu estou aqui!

Paulo Portas sempre detestou Cavaco (basta reler o Independente). Apoiá-lo em 2006 foi uma inevitabilidade, porque apoiar (por acção ou omissão) Alegre ou Soares seria demais. Mas haveria de surgir a oportunidade de demarcar-se.
E surgiu: ontem, ao somar os seus 11 deputados aos do PS, PCP, BE e Verdes (e a dois do PSD), o CDS/PP lembrou ao PR que "o outro pequeno partido" que o apoiou não hesitará, sempre que quiser e puder, em fazer estragos à estratégia presidencial. Permitindo a maioria qualificada (dois terços) na (re)aprovação do projecto de Estatuto Político dos Açores, o sinal é evidente. E não é a favor da autonomia regional!
Convém posicionar-se para, se possível, voltar ao poder em Outubro de 2009...

[731] Popular mas não populista

«Nós somos o grande partido popular da esquerda democrática e moderna em Portugal»
(José Sócrates, "Polémica socialista - Sócrates responde a Alegre que Governo «honra história do PS»", Sol online, 17-12-2008)
*
«Populismo quer dizer demagogia infrene, exploração das emoções, primarismo ideológico, culto quase messiânico do líder, cumplicidade activa com a comunicação social tablóide, espectacularização da política, atenção exclusiva ao curto prazo, desprezo pelas regras institucionais
(Augusto Santos Silva, "Hoje é dia de recordar o que é o populismo", Fundação Respublica)
*
Post scritpum: «SÓCRATES. Explica confronto com Cavaco (no Estatuto dos Açores) pela necessidade de acalmar o PS. Fraco argumento. E muito fraco líder que o invoca.» (Marcelo Rebelo de Sousa, "Alçada, Pedro Leitão e Açores", 7-12-2008)

[730] Serviço público (15): não beba com a boca...

... beba com cabeça!

18 dezembro 2008

[729] Qué pasa, Quique?

O "novo" Benfica de Joe Berardo, Rui Costa e Quique Flores arrisca-se a ficar velho depressa... Pelo menos, não conquistará mais troféus do que no passado recente, que se queria morto e enterrado.
Este ano, já foram duas competições à vida, uma delas (a que terminou hoje, prematuramente) após quatro jogos inexplicavelmente pobres.
É paradoxal a situação do clube: parece ter-se (re)estruturado, parece haver mais competência e organização (administrativa, financeira), mas não se vêem resultados nenhuns! Em várias modalidades desportivas (como o hóquei), o nível é mesmo preocupante...
Mas nem tudo é deprimente para os adeptos do SLB. A IFFHS (Federação Internacional da História e Estatísticas do Futebol) é responsável, desde 1-1-1991, por classificar todos os clubes das seis federações internacionais de futebol, com base nos seus resultados nas provas internas e internacionais.
Ora, a classificação actual (de 1-1-1991 a 31-12-2007) abrange justamente o período menos brilhante da história do Benfica (sobretudo de 1994 a 2004) e, ainda assim, o SLB ocupa um honroso 32.º lugar, entre 199 clubes, à frente do Marselha, do PSV, do Anderlecht, do Vélez Sarsfield, do Santos e... do Galatasaray e do Olympiakos. E muito à frente dos eternos rivais (96.º)!
*
Adenda: Sei que alguns desprezam o título de "maior clube do mundo", mas ele traduz mais do que uma mera certificação do número de sócios e adeptos, que até seria o menos relevante.
O Benfica é, talvez, a instituição que mais se confunde com o país e com a diáspora. Daí a sua força cá dentro e lá fora.Por isso, 10 anos de poucas conquistas e de muitas preocupações não beliscaram a sua grandeza. Porque o Benfica é Portugal!
(Núncio, comentário a "O sistema!...", 4R-Quarta República, 14-12-2008)

[728] Tem a certeza que é jornalista?

Um mês depois, quando já se sabe que MFL usou, embora de forma inábil, uma ironia, a jornalista insiste e recorda-nos, eleitores desatentos ou manipuláveis, «que a 18 de Novembro Ferreira Leite perguntou se “não seria bom haver seis meses sem democracia” para “pôr tudo em ordem”».
Nem a estupidez nem a má-fé têm campo no jornalismo de qualidade, isento e ético.

15 dezembro 2008

[727] Baixo, muito baixo

Nestes tempos de insuportável burocracia e tecnocracia, com as rajadas de vento neoliberal a empurrar os mais frágeis para a desresponsabilização individual e a desvaloração ética e política, admiro (cada vez mais) as pessoas de convicções fortes, que fazem uso da sua liberdade de expressão e opinião, que lutam por valores, ideias, projectos, que não se resignam e, sobretudo, que fogem à idolatria e ao culto da personalidade.
Infelizmente, não é o caso deste comentário a que agora respondo. Mesmo a lealdade decorrente de qualquer militância partidária (que faz falta ao regime) tem limites. Os da honestidade intelectual e da coerência.
(Núncio, comentário a "Disparate", do leitor Bandaranaik, em "Altos e baixos", Expresso online, 8-12-2008)

14 dezembro 2008

[726] Portugal é mais do que futebol (25)

[725] Dê-me um canudo, sff. O amarelo, se não se importa. Fica melhor na minha sala.

Qualificações sim, mas não necessariamente académicas. Dessas até há excesso (no primeiro nível de estudos superiores; faltam apenas mais mestres e doutores e nem sequer em todas as áreas científicas).
Portugal precisa URGENTEMENTE de qualificações profissionais, técnicas e administrativas. Já repararam que há ofícios a desaparecer completamente e os que restam estão muitas vezes entregues a amadores (quando não incompetentes)?
Por outro lado, sempre me admirei que qualquer pessoa possa abrir um café ou um restaurante, sem qualquer enquadramento profissional nem requisitos para além dos comerciais (alvarás, etc.). O atendimento do público, sobretudo na restauração, é das coisas mais exigentes na actividade económica. É preciso educação, urbanidade, fluência nalguma língua estrangeira (turismo oblige), higiene, etc.
Para quando mais técnicos e menos doutores?
(Núncio, em comentário a "Mais qualificações garantem mais emprego", Expresso online, 14-12-2008)

[724] Citações do mundo: ecopolítica

«Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.»
(Eça de Queiroz)

13 dezembro 2008

[723] Jogo desigual

O mundo gira entre cimeiras caras e inúteis e reuniões secretas e luxuosas. Acima de nós, uma realidade virtual, financeira e especulativa. Debaixo de tudo isto, quase sub-humano, o dia-a-dia de silêncio e tanta gente. As contas bancárias das elites estão garantidas. Quem garante a dignidade dos outros 90%?
(Núncio, comentário a "Insegurança alimentar - mundo perde luta contra a fome", Expresso online, 13-12-2008)

[722] Isso não interessa nada, vê mas é o défice!

Discordo da sua resposta [do leitor Carlos Ferreira]. Considero-a até sintomática dos tempos que correm. É justamente por se desvalorizar ou relativizar a arbitrariedade, a injustiça, a arrogância que o Direito e a Ética estão com tão baixa cotação no mercado político e social.
É absolutamente irrelevante saber se há casos idênticos nesta ou noutras Administrações Públicas. Cada caso deve ser tratado com rigor, isenção e sentido de justiça. Nunca há igualdade na ilegalidade ou na inconstitucionalidade. Não é por haver outros (infelizes) casos semelhantes a este que vamos deixar de nos indignar e sancionar os seus autores. Ler os clássicos ajudaria muito a elevar a competência e civilidade deste povo. A justiça é a atribuição do justo concreto, daquilo que é de cada um. Não há justiça colectiva nem igualdade na injustiça!
(Núncio, comentário a «JSD acusa Câmara de "atentado à liberdade de expressão"», Expresso online, 12-12-2008)

10 dezembro 2008

[721] Citações do mundo: a propósito da crise financeira

«I believe that banking institutions are more dangerous to our liberties than standing armies. The issuing powers should be taken from the banks and restored to the people to whom it properly belongs
(Thomas Jefferson, 3.º Presidente dos EUA, 1801/09: citações históricas)

[720] URGENTE: acção de formação para deputados

Clareza e simplicidade da linguagem: http://www.plainlanguagenetwork.org/

[719] Sabedoria popular

"Esta crise é pior que um divórcio. Já perdi metade do meu património e a minha mulher ainda está em casa!"
(cortesia do leitor BB)

09 dezembro 2008

[718] Vêem-se gregos!

Primeiro na França. Agora na Grécia. A situação social é explosiva na Europa. Falta pão. Sobra deseperança.
E não digam que a União Europeia é o seguro de vida do regime. As seguradoras faliram...

[717] As palavras dos outros (25): três troncos podres

«Não avisada, nada sensata e pouco perspicaz, a equipa [ministerial] tomou todos os professores por foras-da-lei e toca a mover-lhes uma guerra sem quartel. Covardemente, aliciou os pais e o país contra o inimigo, mas, quando a batalha parecia ganha, eis que começam a surgir brechas nas forças de assalto. Quando percebem as ideias diabólicas dos generais, o melhor das forças, muda-se para o outro lado da barricada. O resto já se sabe.
Desgraçadamente, perdeu-se outra oportunidade de reformar o ensino público e teremos de trabalhar muito para reconstruir tudo o que uma equipa de celerados teimou em destruir.»
(Carlos Ponte, comentário a "Políticas educativas", in Jacarandá, de António Barreto, 25-11-2008)

08 dezembro 2008

[716] Fraternidade clara

Por razões de serviço, estive fora do país alguns dias. No hotel onde pernoitei, numa das salas de reuniões, decorria um encontro de maçons. Educados no trato, elegantes nos seus aventais lustrosos, iguais aos restantes hóspedes, livres para se apresentarem nos corredores e quartos de banho do hotel.
Eu, que tinha justamente chamado a atenção para a obscuridade da condição de maçon em Portugal ([710] A pedra da verdade), não poderia ter tido, dias depois, mais certeza no que dizia.
Não é a Maçonaria ou a Opus Dei ou o Bildenberg que são obscuros. É a portugalidade...

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