Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

30 março 2011

[1339] O novo acordo ortográfico: o trema, as consoantes mudas e o resto

«Saio da língua para entrar na história».
(anónimo; cortesia do leitor "panfúncio")

[1338] Música do mundo: a crise portuguesa

Hello darkness, my old friend,

I've come to talk with you again,
Because a vision softly creeping,
Left its seeds while I was sleeping,
And the vision that was planted in my brain
Still remains
Within the sound of silence.

In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone,
'neath the halo of a street lamp,
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
That split the night
And touched the sound of silence.


And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more.
People talking without speaking,
People hearing without listening,
People writing songs that voices never share
And no one dare
Disturb the sound of silence.


"fools" said i, "you do not know
Silence like a cancer grows.
Hear my words that I might teach you,
Take my arms that I might reach you."
But my words like silent raindrops fell,
And echoed
In the wells of silence


And the people bowed and prayed
To the neon God they made.
And the sign flashed out its warning,
In the words that it was forming.
And the sign said, "the words of the prophets
Are written on the subway walls
And tenement halls."
And whisper'd in the sounds of silence.


(The Sound of Silence, Paul Simon&Art Garfunkel: destaques nossos)

15 março 2011

[1337] Portugal é uma empresa e nós somos os seus accionistas!

Aos leitores que ainda conseguem ter alguma compreensão pela situação governativa actual:
se os senhores forem os donos de uma empresa e delegarem numa equipa as funções de regulação, auditoria e supervisão, o que farão se e quando perceberem que os membros dessa equipa não estão à altura das responsabilidades e que incumpriram todos os objectivos fixados?
i) Delegam-lhes responsabilidades ainda maiores?
ii) Pedem-lhes que permaneçam e apresentem novo plano de trabalho?
iii) Fundem esta equipa com a melhor equipa da vossa empresa, a ver se a primeira melhora?
iv) Ou fazem cessar imediatamente as suas funções e substituem-nos por uma nova equipa mais competente e com mais qualidade?
(Núncio, comentário a "Socialistas criticam actuação do primeiro-ministro", Diário Económico on line, 15-3-2011: revisto) 

14 março 2011

[1336] As palavras dos outros (107): o silêncio dos inocentes ou dos cúmplices?

«O PROBLEMA é que todos os socialistas - os sérios e os não sérios - sabem que, no dia em que Sócrates se for embora, o PS cairá do poder.
Por isso os socialistas estão reféns de Sócrates e não têm outro remédio senão apoiá-lo.
Fecham os olhos às suas mentiras e aos seus excessos.
Além disso, todos eles - de Correia de Campos a Armando Vara - vão beneficiando da presença do PS no Governo: hoje é a administração de uma empresa pública ou de um banco, amanhã é um lugar numa fundação, mais tarde é um subsídio ou simplesmente facilidades num negócio.
O GOVERNO construiu um poder tentacular - o tal Polvo, de que o SOL um dia falou - que chega a todo o lado.
Ajuda uns e intimida outros.
As empresas públicas, as empresas privadas, os bancos, as direcções-gerais - toda a máquina do Estado e suas adjacências estão cheias de socratezinhos que servem de polícias e fazem tudo o que for preciso para agradar ao chefe.
(...) quer ele [Correia de Campos] quer os seus camaradas, seguem no barco em que Sócrates é capitão - e, no dia em que este deixar o lugar, vão todos ao fundo.
NÃO SE ESPEREM, portanto, divergências ou clivagens no PS.
De uma forma ou de outra, todos os socialistas são hoje cúmplices de José Sócrates.
No momento da verdade, unir-se-ão para aguentar este primeiro-ministro e atacar os seus supostos inimigos.»
(José António Saraiva, "Todos são cúmplices", Política a Sério, Sol online, 14-3-2011)
*
«A corrupção moral dentro do PS é tal que até os socialistas tidos como mais sérios se deixam contaminar por aquele vírus que os deixa aparvalhados até ao ridículo».
(leitora "provinciana", idem)

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