Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

21 junho 2006

[320] Os blogues dos outros: estudos deste sítio

Para alguns, Portugal é mesmo só Lisboa. Desconhecia, até ler este texto, que o dia 13 de Junho era feriado nacional... Ou será que só há professores em Lisboa?
Por outro lado, presumir que os professores portugueses só aderirão a uma greve porque foi marcada para a véspera de um feriado (esse, sim, nacional) é, realmente, elogioso para todos aqueles que, todos os dias, cuidam da formação dos nossos filhos...
(Não, não sou professor!)
(comentário deixado pelo "blogger" Núncio aqui)

[319] Poesia do mundo: o chá arrefece e Portugal entardece...

(Nuno Júdice, "A Chávena de Chá", aqui)

19 junho 2006

[318] Notas e trocados

Leio aqui que o Prof. Marcelo, em época de exames, também andou a avaliar os ministros. E que JMF não terá gostado. Quanto ao da Agricultura, em concreto, porquê a admiração? Por sinal, 9 foi a nota que eu próprio, oh ousadia!, lhe dei aqui. Talvez a minha fundamentação seja melhorzita...

[317] A propósito do Simplex: legislar melhor

17 junho 2006

[316] Ser português e nascer e viver em Portugal

"O primeiro bebé de Elvas com parto marcado para Espanha nasceu hoje no Hospital da Universidade de Badajoz. É uma menina e nasceu depois do encerramento, na segunda-feira, do bloco de partos da cidade alentejana, informou a Junta da Estremadura espanhola. (...)
O Serviço da Extremadura de Saúde e a Rede de Assistência Sanitária do Alentejo assinaram acordos de cooperação para permitir às mulheres de Elvas terem os seus filhos em Badajoz, depois do encerramento da Maternidade Mariana Martins de Elvas."
(Público online, 17-6-2006, 13:37: sublinhado nosso)
*
"(...) ser Português é deixar de dizer mal da globalização, dos Alemães e dos Americanos e comprar produtos bons, repito bons e Nacionais. Sim, porque, se alimentarmos comerciantes mal-educados, e comprarmos produtos rascas, só estaremos a alimentar a mediocridade. Ser Português é elogiar o multibanco, o melhor clima do mundo que temos e proteger as magníficas árvores deste País. Ser Português é resolver problemas antes de procurar acusar alguém da sua irresponsabilidade. Ser Português é fazer Jogo do Pau em vez de Capoeira, ser Português é receber bem um cliente mesmo quando ele não compra nada e se não tivermos o produto que procura devemos indicar-lhe a concorrência com todo o entusiasmo. Ser Português é deixar de construir habitações em cima das dunas, ser Português é aprender com o Marquês de Pombal e organizar adequadamente o território. Ser Português é conhecer o hino Nacional, ser Português é votar em branco quando achamos que os políticos não dão resposta aos nossos problemas em vez de votar na oposição constantemente. Ser Português é pagar impostos, ser Português é dar um pouco de nós aos outros todos os dias. Ser Português é fazer algo que esteja ao nosso alcance para mudar aquilo que não está bem (ou seja, agir!)."
(Paulo Sena, comentário de 5-6-2006, a "Patriotismo", em Limiar, aos 29-5-2006)

03 junho 2006

[315] Late Saturday evening: porque fico em casa...

"Poderia começar-se pelo número de deputados. Belmiro de Azevedo defende uma estrutura em que Portugal teria um primeiro-ministro, dez ministros e cem deputados."
(DN, Tema, 3-6-2006)
*
Será que o tio Belmiro andou a ler o Divã (cfr. [7] "Small is beautiful", em 24-3-2005, e [204] "As limpezas da Primavera", de 26-3-2006)?

[314] Quanto menos importante, mais arrogante...

"3. Um pequenino apontamento pessoal: nas poucas vezes em que tentei ou tive de contactar um ministro português, na minha qualidade de cidadão relativamente anónimo, devo dizer que só após inúmeras tentativas é que -- em alguns casos -- consegui. Em Portugal um ministro é uma pessoa importante e -- por regra? -- não tem tempo para receber os plebeus.
Dito isto, embora não fosse australiano, não tive qualquer dificuldade em ser recebido por... Alexander Downer [Ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália], em Camberra, em finais de Novembro ou princípios de Dezembro 2002. Bastou um simples email a solicitar uma audiência, no âmbito da minha investigação, para conversarmos durante cerca de uma hora e meia sobre Timor-Leste."
(Paulo Gorjão, Bloguítica, 3-6-2006: sublinhado nosso)
*
Muito certeiro este "pequenino" (yet, most relevant) apontamento do Paulo Gorjão.
Enquanto cidadão (ainda) mais anónimo e, pior, indigno servidor do Estado, não só o subscrevo, como vos passo a relatar um episódio em que, involuntariamente, fui protagonista e que dá mais uma pincelada na história que o Paulo contou.
Aqui há uns anos, por dever profissional, tive que tratar pessoalmente de um assunto entre ministérios da Itália e de Portugal que o titular da pasta, por razões que não vêm ao caso, acompanhou particularmente. Fi-lo com o empenho e a discrição com que trataria de qualquer outro assunto, naturalmente, mas o problema, algo delicado, ficou resolvido.
Por uma daquelas curiosas coincidências, dias depois haveria de ser convidado para o Concerto de Reis que o dito Ministério organizou. Fui com uma amiga e, chegado ao adro da igreja (em cima da hora), deparei-me com a nata do sector, que - com honrosas excepções - me ignorou (o que, normalmente, até agradeço).
Educada e diligentemente, o Director-Geral chamou-me e apresentou-me ao titular da pasta, certamente com a intenção de que este conhecesse pessoalmente quem havia tratado do "assunto com Itália". Trocámos palavras de circunstância, embora amáveis, e preparámo-nos para entrar na igreja. Eis senão quando, para espanto meu, "tutti quanti" cercavam e bajulavam o Ministro decidem seguir o "exemplo" ministerial e vêm cumprimentar-me ou acenar-me, ordeira e delicadamente... sorrindo até para a pessoa que me acompanhava, que nada tinha a ver com o meio profissional em que eu estava/estou inserido.
O resto da noite correu muito bem, ao som do canto gregoriano...

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