Conta-nos uma revista que a família de Marlise Munoz, grávida de 14 meses e que está em morte cerebral, luta - incluindo o marido, pai do bebé em gestação - pela não aplicação de uma lei do Estado norte-americano do Texas que não permite desligar a máquina de suporte de vida quando a paciente está grávida. O fundamento seria o cumprimento da alegada vontade de Marlise, expresso várias vezes em vida, de nunca ser ligada a essas máquinas.
Parece haver aqui uma inexplicável confusão, ainda mais inexplicável no caso do marido e futuro pai. O que os médicos estão inequivocamente a fazer é, para além de tentar salvar a vida da mãe (mas que, quem admita a legitimidade da vontade expressa por Marlise, pode ser dispensada), manter o bebé vivo até ao seu nascimento. E sobre essa vida a família não pode expressar qualquer vontade de a interromper. Ou pode?
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