" (...) O que nós, juízes, exigimos é ser tratados como aquilo que somos e representamos. E que fique isto muito claro: não é um desejo negociável, mas uma exigência incontornável.
" (...) Venham pretensos opinadores e ouçam isto de vez: os juízes, como todos os cidadãos, não estão nem querem estar acima da lei; mas os juízes, como todos os titulares dos órgãos de soberania, não aceitam estar sem ser de igual para igual com os restantes órgãos de soberania".
(J. M. Nunes da Cruz, Presidente do STJ, VII Congresso dos Juízes Portugueses, 24-11-2005)
Pois, parece que os engenheiros se esqueceram que os tribunais são um órgão de soberania e pilar essencial do Estado de Direito.
É assombroso ver grupelhos de jovens recém-licenciados, arregimentados para gabinetes ministeriais por critérios noturnos e convicções côr-de-rosa, a legislarem sobre férias judiciais, regime da aposentação ou sub-sistemas de saúde, numa sanha contra a essência do regime: a separação de poderes e a independência dos órgãos.
E não se pode exterminá-los?