Terapia política. Introspecção psicossocial. Análise simbólica.

30 novembro 2010

[1283] "É preciso ter topete!" (versão 2)

Acho curioso, para ser diplomático, que hoje (quase) todos se virem para o Presidente da República a implorarem para que actue quando tiveram a oportunidade, há um ano, de escutar a líder da Oposição e de nela confiar. Mas 71%, a maioria absoluta, preferiu ignorá-la e 36% preferiu mesmo a continuidade.
Temos o Governo que a maioria (relativa) quis e vêm agora pedir ao Presidente que faça o trabalho que os eleitores não fizeram?!
(Núncio, comentário a «Cavaco: Serei "ativo e dinâmico" mas "prudente" num segundo mandato», Expresso on line, 29-11-2010)

29 novembro 2010

[1282] O cognome de muitos "boys"

My name is BOND.
VAGA BOND.
(por e-mail; cortesia do leitor panfúcio)

[1281] Late Monday evening: o relógio da nossa vida


(por e-mail; cortesia do leitor panfúcio)

[1280] Portugal é mais do que futebol (69): só falta pôr Portimão no circuito F1...

[1279] As palavras dos outros (97): um tempo novo?

«Trata-se, sustentou [Passos Coelho], de "apurar responsabilidades", para se "apurarem os erros" e, assim, "tirar uma lição para o futuro" e "não repetir os mesmo erros do passado".
Mas essa avaliação será "feita a seu tempo". Para já, alertou Passos Coelho, "temos de percorrer um caminho de dificuldades", resultantes dos "últimos 15 anos de inconsciência e de irresponsabilidade".
Serão necessárias pelo menos "duas legislaturas para invertermos o que nestes 15 anos foi feito de errado", afirmou, lamentando não ter, "infelizmente, condições para amenizar" esta previsão.
Mas se "vamos passar por grandes dificuldades, por grande racionamento nas condições de financiamento, em algumas áreas até de penúria", então "façamos esse caminho com um sentimento de justiça, com um sentimento de ética sobre o presente e para o futuro", defendeu.
"Temos de dizer" a "todos aqueles que hoje e no futuro vão pagar a fatura dos erros do passado" que "vai valer a pena", sublinhou.
Só vale a pena, no entanto, "quando não há derrota, quando combatemos a corrupção, quando permitimos que acedam aos melhores lugares" quem presta "melhores provas e não quem tem os melhores amigos" ou os "espertalhões" que "sabem colocar-se na hora certa" ao lado de quem vai ganhar.»
(Pedro Passos Coelho, «Não será por "desforra" que serão pedidas responsabilidades a quem errou», MSN Notícias, 28-11-2010: destaques nossos)

[1278] Early Monday: o impacto negativo do wireless


28 novembro 2010

[1277] Janela indiscreta (12): os infiltrados (2)

«Ao longo dos últimos 30 anos, o pensamento político de Francisco Sá Carneiro desapareceu no PSD, apesar de as sucessivas lideranças invocarem constantemente o legado do fundador do partido. Mas terá sido nos governos de Cavaco Silva (1985/1995) que a mensagem política de Sá Carneiro foi completamente banida. Em 10 anos, assistiu-se à acentuada alteração da "matriz ideológica" do PSD, à "destruição do pensamento estratégico" do antigo primeiro-ministro da AD e à "mudança da natureza sociológica" do partido. Um retrato muito pouco simpático de Cavaco Silva e do consulado cavaquista consta do livro "O meu Sá Carneiro - Reflexões sobre o seu pensamento político" (D. Quixote), do advogado José Miguel Júdice (...)».
*
«Marques Mendes admitiu ter ficado “surpreendido” com “críticas tão negativas” de alguém que aceitou integrar a Comissão de Honra da recandidatura do Presidente da República. “É uma incoerência de quem quer estar com todos e contra todos ao mesmo tempo”, disse, acrescentando que “há pessoas assim em Portugal”.»

[1276] Janela indiscreta (11): os infiltrados (1)

«(...) o antigo responsável falou também de Manuel Alegre, para dizer que tanto o histórico socialista como o presidente da AMI [Fernando Nobre] são “dois populistas de esquerda” que se candidatam à Presidência da República para ajustar contas. “Tenho um certo receio dos candidatos que se apresentam a defender valores acima dos partidos ou além dos partidos. Quanto as candidaturas assentam nas críticas e no distanciamento fazem sempre suspeitar de populismo e demagogia”, acrescentou, também a propósito da corrida para as últimas presidenciais, em que Alegre concorreu sem o apoio do PS e contra Mário Soares.»
*
«Alfredo Barroso, ex-chefe da Casa Civil de Mário Soares e militante do Partido Socialista, admitiu ontem, no programa "Frente-a-frente" da SIC Notícias, que "seguramente não votarei nem no candidato da direita, nem num candidato monárquico" e que "é óbvio que vou votar Manuel Alegre".»
(Notícias, blogue de Manuel Alegre, 6-5-2010: destaque nosso)

27 novembro 2010

[1275] Serviço público (44): 560

Se, todos os anos, cada português consumir regularmente produtos nacionais, a economia cresce e cria postos de trabalho. Dê preferência aos produtos de fabrico português. Se não sabe bem quais são, verifique no código de barras. Todos os produtos produzidos em Portugal começam por 560.

[1274] As palavras dos outros (96): cultura cívica

«De facto coexistiram, umas vezes bem outras vezes mal, duas culturas distintas dentro do Ministério da Justiça: uma cultura essencialmente política, no sentido parlamentar do termo, e uma cultura judiciária no verdadeiro e próprio sentido da vida judiciária, dos tribunais, dos processos, da judicatura, da magistratura do Ministério Público, da advocacia, dos funcionários judiciais, do equipamento judiciário... de todo esse mundo que rodeia os tribunais. Essas duas culturas não são muitas vezes sobreponíveis.
(...) acho que, de toda a vida que teve, o que é legítimo, [o ministro da Justiça, Alberto Martins] absorveu uma cultura parlamentar. Conhece o mundo da Justiça - até pelo plano familiar porque é casado com uma magistrada, mas com um ângulo de visão que não coincide com o meu. E essa é a razão porque ele estaria mais em sintonia com uma outra cultura que não a judiciária, que eu protagonizava dentro do ministério.
(...) Ele [o primeiro-ministro, José Sócrates] tinha alguma resistência à reforma [do processo penal], eu estive a analisar com ele em detalhe a reforma que nós preconizávamos e ele, que à partida estava contra, percebeu com muita nitidez o sentido da reforma e aderiu rapidamente. Portanto, há uma cultura que se instalou contra a justiça em certos sectores do Partido Socialista que não tem grande justificação.
(...) Por outro lado, a Justiça está a concorrer, tendencialmente como perdedora, com a comunicação social. Isto é, entre a Justiça e a comunicação social há uma competição em que a Justiça sai a perder. E sai sempre a perder.»

21 novembro 2010

[1271] Portugal é mais do que futebol (68): também em duas rodas

[1270] Portugal é mais do que futebol (67): artes corporais

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[1269] Portugal é mais do que futebol (66): é ciência e tecnologia

[1268] As palavras dos outros (95): o circo saiu à rua

«O Ministério [da Justiça] está transformado numa Subsecretaria de Estado das Finanças gerida pelo dr. José Magalhães [secretário de Estado da Modernização da Justiça] e, à distância, pelo bastonário Marinho.»
(João Palma, 'Sócrates trata a Justiça de forma desprezível', Sol on line, 20-11-2010)
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Isso já seria mau, mas o pior é que as cúpulas das magistraturas estão também elas transformadas noutra coisa bem diferente de serviços de Justiça, desde lojas maçónicas a células de informações e a núcleos partidários.

19 novembro 2010

[1267] Portugal e o futuro

«Caso esse pedido de intervenção [do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Fundo Europeu de Estabilização Financeira] viesse a acontecer, "demonstraria uma vez mais que não fomos capazes de resolver os nossos problemas, o que é preocupante até numa perspetiva de dignidade nacional".
O antigo Presidente da República negou também que a intervenção em Portugal do FMI representasse uma perda de soberania. "Perda de soberania, de facto, criámos quando permitimos uma dívida pública externa como a nossa, que nos coloca nas mãos dos nossos credores", considerou.
A entrada do FMI significaria que Portugal só resolve os problemas "sob pressão internacional", frisou Ramalho Eanes. "É altura dos portugueses assumirem nas suas mão o seu próprio destino", apelou ainda o antigo Presidente.
Portugal deve fazer "o que ainda não fizemos desde o 25 de abril de 1974 - refletir sobre o que somos e o que podemos, e queremos, ser", chamando a atenção para a necessidade de "uma ação responsável do Governo e da sociedade, porque na situação presente há responsabilidade de todos", sublinhou. Uma responsabilidade do Estado, que "criou um estado social sem ter modificado o sistema económico", das empresas, que não se modernizaram, e das famílias, que, segundo Ramalho Eanes, se esqueceram que Portugal é "um país pequeno, atrasado, que só se pode desenvolver se houver condições para realizar um trabalho árduo de modernização", que exige poupança das famílias.
"Os portugueses, desde abril de 1975, têm consumido como se, por ventura, fossem europeus dos países mais ricos", disse Eanes.»
(Ramalho Eanes, "Não me agradaria que Portugal tivesse de recorrer ao FMI", Lusa/MSN Notícias, 19-11-2010)
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Palavras lúcidas, independentes e patrióticas, como as que Ramalho Eanes sempre profere.
Creio que sempre se subvalorizou o papel do primeiro Presidente da República democrático, em favor de Mário Soares. Como agora bem se constata, a maioria dos portugueses gosta de vida fácil e ilusória. Por isso preferem Soares a Eanes, Sócrates a Ferreira Leite e Teixeira dos Santos a Medina Carreira.
(Núncio, idem)

08 novembro 2010

[1266] Associação Recreativa da Luz

Será que LFV pensa converter o Benfica numa agremiação recreativa e cultural? Não que isso fosse desprestigiante, mas conviria referendar a proposta.
É que as vitórias desportivas não abundam (no último fim-de-semana, duas derrotas nos três FCP-Glorioso realizados), mas - ao contrário - sucedem-se viagens protocolares a Timor, Angola, EUA e Brasil, inaugurações e reinaugurações de delegações de Norte a Sul, feiras e congressos.
It's the game, man!

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